A EXPOSIÇÃO

O Coletivo Desvio Particular – expressão do jargão ferroviário que designa linha férrea adjacente à principal, que atende empresas industriais ou comerciais instaladas às imediações das estradas de ferro –, em parceria com o Comitê Brasileiro para Conservação do Patrimônio Industrial (TICCIH/Brasil) e por apoio institucional da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), tem a honra de apresentar o projeto “O êxodo Industrial e a Fotografia”.

O Coletivo, composto por André de Oliveira, Hugo Ribeiro e Nayana Fernández, foi formado com o objetivo de produzir registros do processo de desindustrialização no Estado de São Paulo.

As fotografias de Hugo Ribeiro, que ora apresentamos, registram os sinais do processo econômico ao longo da linha antiga São Paulo Railway. Também nesta ocasião, ainda oferecemos à leitura do público virtual os textos “O Estado da Arte”, do mesmo fotógrafo, e “A Indústria na orla da ferrovia Santos – Jundiaí na cidade de São Paulo”, de Fernando de Pádua Laurentino, autor da dissertação de mestrado “Várzeas do Tamanduateí: industrialização e desindustrialização”.

Boa exposição a todos.

FINANCIAMENTO COLETIVO

Estamos realizando financiamento coletivo para a impressão das fotografias da exposição “O Êxodo Industrial e a Fotografia” em formato de fotolivro. Nos ajude e ganhe um exemplar. Saiba mais clicando no botão abaixo.

Hugo Ribeiro de Paulo e Silva

AGRADECIMENTOS

Muitos são os agradecimentos do Coletivo Desvio Particular, dado que contamos com a colaboração de muitas pessoas que, em plena pandemia, presencial ou remotamente, tornaram este ensaio possível. As cooperações foram várias, de abstratas e complexas discussões sobre economia a histórias de prédios ou bairros, de funcionários que permitiram que nós entrássemos às dependências de estacionamentos para fotografarmos, passando pelos efetivos proprietários de prédios históricos que nos franquearam o acesso aos seus imóveis, aos acadêmicos e intelectuais que nos ajudaram, estabelecendo contatos, abrindo portas ou discutindo conceitos e fenômenos históricos.

Inicial e especialmente, agradecemos ao Comitê Brasileiro para Conservação do Patrimônio Industrial (TICCIH/Brasil), que tão entusiasticamente acolheu o nosso projeto e nos apoiou. Agradecimento este que fazemos na pessoa do Professor Dr. Eduardo Romero, a quem somos gratos pela atenção que dispensara ao Coletivo e pelas ricas discussões que tem tido conosco. Outrossim, agradeço a Evandro Nogueira Santana Junior, pela dedicação na construção da página da presente exposição virtual.

Agradecemos à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM pelo pronto atendimento e pela autorização que nos deu para fotografarmos nas áreas sob sua concessão. Agradecimentos que fazemos nas pessoas de Rodrigo Pontes e de Gerson Faria.

Agradecemos à Faculdade das Américas pela autorização que nos deu de fotografarmos o interior do Campus Mooca, antigo Moinho Santo Antônio. Agradecemos, também, à querida professora Lúcia Reisewitz, quem nos auxiliou no requerimento de autorização junto à instituição.

Agradecemos ao Centro de Memórias Queixadas, à Agência Queixadas e ao Quilombaque, pelas histórias contadas e pelas conversas, pelos direcionamentos, pela explanação do funcionamento da antiga Companhia Brasileira Cimento Portland Perús. Agradecimentos esses que faço nas pessoas de Camila Cardoso, Jéssica Moreira e Raul Costa. Viva a “firmeza permanente”!

Agradecemos à Família Abdalla pela autorização para fotografia e acesso à antiga Companhia Brasileira Cimento Portland Perús.

Uma fotografia, enquanto valor de uso, esconde, na dimensão do seu valor de troca, uma infinita cadeia de relações econômicas e sociais, histórica e politicamente determinadas, regional e globalmente conformadas, estabelecidas entre seres sociais.

Muitos destes seres sociais estão escondidos, por sua vez, nos confins deste país, em “favelas, mocambos, malocas e alagados”, onde o Brasil moderno jamais chegou, onde atualmente se voltou a usar o antediluviano fogão a lenha, onde a fome foi mais presente que o Estado.

Portanto, dedicamos este trabalho às “vítimas da fome” e aos “famélicos da terra”, aos quais ainda pende a união.

Todos direitos reservados ao Coletivo Desvio Particular

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